quinta-feira, 18 de março de 2010

desabafo

Eu estou seguindo sem a certeza de saber onde chegar, e já nem sei mais onde quero ir.
Meio filosófico? Imagine.
Eu sei muito bem onde quero ir, o problema é a conspiração do universo para que eu não chegue lá, a minha vontade de ir sozinho, meu orgulho ou sei lá como chamar a vontade de vencer sem ajudas. Mas eu voltei, não é? Acho que isso foi a prova de que voltarei quantas vezes for preciso, embora a vontade de ir me seja constante.
Sabe qual é meu maior problema? Passei tanto tempo usando máscaras, camuflando o que sinto e o que eu penso, que acabei permitindo que fosse tirado de mim, durante toda a minha vida, pequenas partes, sem me dar conta. Quando dei por mim, estava na igreja, vivendo uma vida que eu não queria, sendo outra pessoa. E agora que sou eu mesmo, não quero voltar a ser quem eu era. Todos a minha volta ficam tentando me fazer ter a mesma visão deles, a fé deles, que me irrita profundamente. Eles temem e não aceitam que eu não tema; eles creem e querem que eu creia. Não aprenderam a lidar com o diferente, com idéias contrárias e com suas visões unilaterais, alienados pela suas crenças, acabam afastando-me, prendendo-me em meu eu que não sou eu. Escolhi ser hipócrita e concordar com eles cada vez que eles tocam no assunto ou repetem "Jesus te ama", e logo, por instinto talvez, me vejo dizendo "Eu também". Deus, ou isso que chamamos descuidadosamente de deus, está em minha vida, mas vejo-o de uma forma diferente agora: ele no lado dele e eu no meu. Não espero que ele faça algo por mim, não acredito em um deus que ouça orações e resolva problemas, e por não acreditar, nada peço para não me frustrar. Talvez isso seja pesado para quem lê, mas neste espaço aqui, este que eu escolhi para mim, me perimite ser e dizer o que eu quero. Por enquanto...

Nenhum comentário:

Postar um comentário